Fotografo no silêncio.
Não no silêncio realmente:
Ouço as vozes no skatepark, os automóveis, a cidade em fundo. Ouço os pássaros.
“E se estivesse na pausa (entre os assobios) e não no assobio o significado da mensagem? E se fosse no silêncio que os melros falam uns com os outros?” Palomar, Italo Calvino
Fotografo assíncrono dos eventos que dão propósito aquele lugar, entre o último visitante e o próximo.
Na sombra que se estende, tudo me parece abandono, esquecimento, tudo me parece insólito, num estado de latência ilusório.