II.
Queria trocar algumas moedas, chamou o miúdo. Vais ter com a Carla (talvez se chamasse Carla a rapariga da caixa) dás-lhe estas moedas. Ela vai dar-te uma nota. Nada mais simples, pensou o miúdo insuflado pela confiança depositada, pela responsabilidade. Cumpriu a tarefa, na perfeição, diria, não fosse um laivo criativo de última hora.
Ao regressar da caixa, transacção realizada, lembra-se de pregar uma partida: esconde a nota e apresenta-se de mãos a abanar. Desapareceu, diz num sorriso desafiante. Perante a perplexidade enfurecida da mãe, diz Calma, está.. aqui.. Não estava.
Um casal viu o petiz colocar a nota, cuidadosamente presa atrás de um de um dos pilares, fez a recolha e prosseguiu calmamente.