Há muitos momentos em que me deixo convencer, seduzir pela narrativa da cidade, pela sofisticação, pela polidez. Mas é o seu potencial orgânico que me fascina e intriga. A cidade é tanto um organismo de potenciação como de contenção, um palco cheio no debate eterno que nos define entre o impulso e a razão.
Quero ver a cidade sim, mas do ponto de vista da natureza. Ou então decifrar a natureza em cada um de nós, esse lado bravio a que chamamos Vontade e que procuramos conter, dominar, canalizar entre o cimento e o intelecto.
Não será por acaso que a ambos chamamos massa cinzenta.