O lado de fora é (quase por definição) o lado marginal, se graduarmos a nossa marginalidade em função da órbita mais ou menos longa em torno do centro ou da nossa posição no eixo da polidez citadina.
Nessa gravitação está expresso o paradigma da liberdade: mais afastados temos mais espaço, menos controlo externo, o tempo parece desacelerar; mais próximos, temos menos espaço, mas mais interacção, mais oportunidade. O que representa melhor o nosso gesto livre?
Será que tudo se resume a uma competição Darwiniana pelo lugar central, ritmada pela economia e pelo conhecimento?
A maior dádiva da cultura contemporânea é a legitimação da diversidade. Fugir à norma é a nova norma. O tecido urbano do século XXI não tem um mas vários centros.