A fotografia é um convite.
Um convite a olharmos o mundo com curiosidade, a seguirmos os trilhos que ligam o que está dentro e o que está fora de nós. A olhar a luz sem nos deixarmos ofuscar, com tempo para que os olhos se ajustem na abertura certa.
É um convite a viajarmos pelos vários planos focais da nossa existência, a espreitar para além da moldura que nos protege o olhar, para além da dor, para além do deslumbramento.
A fotografia devolve-nos à estranheza, ao mistério mudo da vida e da morte, à imperfeição crua do que é belo.
É que A beleza é um lugar estranho, costumava dizer uma amiga.