Praça de Santo Eugénio, Lisboa
Como curiosidade, deixo-vos a história de William Mumler, o fotógrafo amador que um dia se sentou para tirar um autorretrato e que, para seu espanto, encontrou, ao desenvolver o negativo, uma imagem esbatida, transparente de uma criança sentada junto a si. Não estava ninguém consigo no estúdio e achou, naturalmente que se tratava de uma dupla exposição acidental.
Estávamos na década de 1860, momento fervoroso do Espiritismo nos Estados Unidos (movimento que acredita ser possível a comunicação com os mortos). Por brincadeira, Mumler partilhou a fotografia com os amigos e esta acabou publicada em jornais Espiritas. Mumler começou então a ser abordado por pessoas que lhe pediam que tirasse o seu retrato na esperança de um contacto visual com os seus defuntos.
Por crença genuína ou por sentido de oportunidade (deixo ao vosso critério) Mumler tornou-se o fotógrafo dos Espíritos, produzindo fotografias em que a imagem esbatida dos entes falecidos emergia no pano de fundo, junto ao retratado.
Podem ouvir a história aqui ou ler um artigo aqui.