“A mente é como um pára-quedas, só funciona quando aberto.”
Frank Zappa.
O mesmo se pode dizer da cultura. Ter mente aberta não significa que devemos gostar de tudo ou que não temos uma identidade cultural forte. Significa que não nos limitamos, não nos apegamos de forma imutável aos rituais materiais, às manifestações externas do nosso culto, que destrinçamos forma e conteúdo de uma forma saudável, que sabemos ouvir, interagir com quem pensa diferente.
Por vezes estamos fechados em nós mesmos, não porque temos tendência pessoal, individual para nos fecharmos, para rejeitar o que é diferente, mas porque estamos integrados numa estrutura que nos veda o acesso ao exterior, que nos mantém a olhar para para o chão. Essa condição é muitas vezes, circunstancial, geográfica, outras vezes é deliberada por agentes, lobbies com interesses particulares, egoístas, discriminatórios.
Que papel pode a fotografia desempenhar para quebrar, contrariar, ou mesmo revelar, rasgar alguns desses véus difusores?