A minha preferência por fotografar em zonas periféricas da cidade, muitas vezes de transição entre o mundo urbano e o rural, parece espelhar na perfeição a abordagem centrípeta que refiro no post anterior. Nessa perspectiva, seria apenas mais uma forma de me esconder, de me manter afastado, no conforto de observador, de manter o controle.
Mas existe algo mais, dentro do medo. Existe, por um lado, alguma resistência em relação a algumas narrativas arquitectónicas aparentemente desconexas, estranhas, por outro, as texturas bravias em contraponto com o abandono marginal, acabam por me surpreender mais.