Falei no texto anterior sobre estar assíncrono, sobre estar desfasado com os eventos que dão propósito ao lugar. Não sou o único aparentemente.
Na fase final da sessão, enquanto fotografava no auditório Keil do Amaral, fui abordado por um artista, como eu, fora de tempo. Perguntou-me se o podia filmar. Não faço video, disse. Mas essa câmara faz, insistiu.
Tive o meu concerto. O André, um jovem da Amadora, lançou-se num improviso ritmado sobre os temas que lhe ia ditando enquanto o filmava com o telemóvel.
Estará a música no som ou na pausa que o quebra?